O CEO da Tesla e do Space X, Elon Musk está iniciando mais uma polêmica empresa. Chamada de Neuralink, a empresa busca criar dispositivos que possam ser implantados no cérebro humano para que em algum momento, ele possa trabalhar com o auxílio de softwares e inteligência artificial. A interação cérebro máquina pode melhorar a memória e permitir uma interface direta entre dispositivos controlados pela mente.

Sua empresa de carros elétricos, a maior do mundo, a Tesla, estaria responsável pelo desenvolvimento até agora das bases de computação neural que seriam então levadas adiante pela nova empresa Neuralink.

Musk chama sua tecnologia de “neural lace” e a Neuralink está registrada desde o ano passado no estado da Califórnia como uma empresa para, curiosamente, pesquisas médicas.

A ideia pode parecer descabida para alguns de nós e até futurista de mais. Mas há 4 ou 5 anos, ninguém imaginaria que o carros autónomos pudessem vir a substituir o condutor humano, mas a verdade é que essa é uma realidade cada vez mais presente, havendo até especialistas que afirmam que as crianças de hoje não precisarão de aprender a conduzir.

Para explicar esta sua ideia, Musk deu o exemplo da velocidade a que uma máquina comunica com o ser humano e a velocidade a que o ser humano comunica com a máquina. Enquanto que a máquina comunica em biliões de bits por segundo, o Homem a usar um smartphone, por exemplo, está limitado a 10 bits por segundo. Para melhorar o tempo de resposta entre humano e máquina, é necessário uma interface para tornar a ligação imediata.

Esse tipo de interface cérebro máquina ainda existe apenas na ficção científica. Entretanto, alguns dispositivos totalmente implantados já são realidade na medicina. Entre eles podemos citar os implantes para reduzir os efeitos do mal de Parkinson ou para inibir convulsões em pacientes refratários à medicação. Vale lembrar ainda os etsudos do brasileiro Miguel Nicolelis sobre interface homem máquina, o que permitiu que um tetraplégico utilizando um exoesqueleto desse o pontapé inicial na Copa do Mundo do Brasil em 2014. Estes dispositivos são extremamente caros e ainda são disponíveis a muito poucos pacientes. Outro motivo para a pouca utilização é a complexidade e periculosidade de procedimentos invasivos.

Há ainda a necessidade de muitos anos de pesquisa para entender ainda melhor o cérebro humano, além de inventar novas técnicas pioneiras de abordagens cirúrgicas, métodos para os softwares, e nos hardwares que possam ser implantados para que a interface cérebro máquina seja uma realidade.

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